sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DEVANEIOS DOS TOLOS :
( santiago salinas crow, surinen)






















morro a cada minuto que penso em tí,
sei que há uma distância enorme,
nos afastando bruscamente,
mil demônios dentro de mim, pedindo pelo seu olhar silenciador.

sabendo que meu reino desmorona,
a cada instante que me tocas,
assemelho-me a um grão de poeira,
uma montanha minúscula,
de ocultos mistérios.

sinto que a seu lado eu queimaria no inferno,
sentindo as labaredas ardentes e seus beijos com o mesmo prazer.
sinto que me afogo em um deserto,
se não tenho seus olhos para me fazer lutar.

sinto-me fantoche dos teus possíveis desejos,
tão vindos de tua alma unida à minha,
sinto que posso despertar-lhe,
fazer valer-se teu lado instintivo,
um grito, das águas borbulhantes do lago.

meu corpo deixou de pertencer-me no momento em que desejou-te,
minha mente torna-se turva, apenas nós estamos claros nela,
minha alma tu conquistas a cada doce palavra dada.
- pertenço-te totalmente.

juntos destinados espíritos voam,
sob as estrelas e sua solitude eterna,
nos invejam, porém brilham,
a intuíto de iluminar nosso caminho,
prosperado às incertezas do negro azul celeste.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DADA À CARA A FARSA VIDA :
( plínio sacanechia, santiago salinas crow)





















pois ví,
tão senti aos olhos,
como infantes,
ou rugosos,
postos liformosos,
olhos puros,
enalteci,
apuros,
tais temi, libidinosa impura honestidade,
com qual juro,
enrubesci à vaidosa aurora do tempo,
a alvorar...