DEVANEIOS DOS TOLOS :
( santiago salinas crow, surinen)
morro a cada minuto que penso em tí,
sei que há uma distância enorme,
nos afastando bruscamente,
mil demônios dentro de mim, pedindo pelo seu olhar silenciador.
sabendo que meu reino desmorona,
a cada instante que me tocas,
assemelho-me a um grão de poeira,
uma montanha minúscula,
de ocultos mistérios.
sinto que a seu lado eu queimaria no inferno,
sentindo as labaredas ardentes e seus beijos com o mesmo prazer.
sinto que me afogo em um deserto,
se não tenho seus olhos para me fazer lutar.
sinto-me fantoche dos teus possíveis desejos,
tão vindos de tua alma unida à minha,
sinto que posso despertar-lhe,
fazer valer-se teu lado instintivo,
um grito, das águas borbulhantes do lago.
meu corpo deixou de pertencer-me no momento em que desejou-te,
minha mente torna-se turva, apenas nós estamos claros nela,
minha alma tu conquistas a cada doce palavra dada.
- pertenço-te totalmente.
juntos destinados espíritos voam,
sob as estrelas e sua solitude eterna,
nos invejam, porém brilham,
a intuíto de iluminar nosso caminho,
prosperado às incertezas do negro azul celeste.
" na luz, penumbra do casulo da verdade, alsinos aos sinos, pilastras dos distintos devaneios, aos ninhos dos delírios, de linhos tecidos versos, do frescor da aurora noturna, dos viéis de lágrimas de orvalho... resquícios de nossas noites. "
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
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