quinta-feira, 29 de março de 2012

A sua partida



meus olhos jorram sofrimentos
amarguras envolvem com fraqueza a minha sina
coração doentio, duros ressentimentos,
em que dentro desse recinto choro por minha vida.

no frio desse silencio, evoco a ti
anseio de ter-lo de novo aqui,
por partir sem de dizer adeus
lembranças suas, presentes nos sentimentos meus.

nevoeiros da noite, embaçam minha mente
apagando o gozo das minhas paixões,
a sua falta traz frios consequentes
serenidade de aflições...

desprovendo-me do seu amor,
entrego-me ao rancor,
que me mata, ferindo com aspereza
fazendo sair o sangue da minha tristeza!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Anjo Negro


Oh anjo,
anjo negro!
que desce do teu céu
para me levar
aos encantos das trevas
a encontrar com o destino
pervertido e sombrio...

anjo que me transforma
no ser instigante
ao fazer esse amor
diante dessa noite
em que o luar abençoa
com neblinas gélidas
de penetrantes fascínios
na deriva do teu poder
da tua negra magia
que possue...

Meu caro anjo,
habitante do meu coração
restaurado por teu osculo quase mortal
em que caio aos teus pés...

peço-te
ao entregar-me
ao escuro do teu corpo,
que possua
o meu sagrado sangue
pleno de veneno
para que possa ser
sempre sua
por dentro e fora
do seu celeste mundo
encoberto de puro negror...
e no clarão desse luar
eu possa dizer que te amo
e para sempre
possuir o meu desejo mortal...
meu ser
das nuvens trevosas...

meu anjo negro!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Nênia


diante desse sepulcro
estou a me expressar
os mais francos sentimentos
da perda de um ente
que jaz nesse lugar.

em descanso se encontra
dessa vida de agonias
para o mundo de escuridades
vazio de tormento
pleno de lamento...

em luto aqui estou
e sempre estarei
que se vai em respeito
uma parte do meu corpo
que sempre foi cúmplice
das minhas peripércias
envolta desse mundo..

então...

transbordo-me de saudades
cingindo o meu peito
que se resume em lágrimas
que molha o meu rosto
abatido pela dor..
desse momento tao funesto, lobrego
ao ver o meu ente a descansar
a dormir profundamente
de pura eternidade...

e  nesse jazigo
dou meus últmos adeus
para aquele que parte
para o breu do além
debaixo dessa pedra negra
nesse alívio eterno...

meus pêsames a ti!


By Lila Darkness

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

DEVANEIOS DOS TOLOS :
( santiago salinas crow, surinen)






















morro a cada minuto que penso em tí,
sei que há uma distância enorme,
nos afastando bruscamente,
mil demônios dentro de mim, pedindo pelo seu olhar silenciador.

sabendo que meu reino desmorona,
a cada instante que me tocas,
assemelho-me a um grão de poeira,
uma montanha minúscula,
de ocultos mistérios.

sinto que a seu lado eu queimaria no inferno,
sentindo as labaredas ardentes e seus beijos com o mesmo prazer.
sinto que me afogo em um deserto,
se não tenho seus olhos para me fazer lutar.

sinto-me fantoche dos teus possíveis desejos,
tão vindos de tua alma unida à minha,
sinto que posso despertar-lhe,
fazer valer-se teu lado instintivo,
um grito, das águas borbulhantes do lago.

meu corpo deixou de pertencer-me no momento em que desejou-te,
minha mente torna-se turva, apenas nós estamos claros nela,
minha alma tu conquistas a cada doce palavra dada.
- pertenço-te totalmente.

juntos destinados espíritos voam,
sob as estrelas e sua solitude eterna,
nos invejam, porém brilham,
a intuíto de iluminar nosso caminho,
prosperado às incertezas do negro azul celeste.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

DADA À CARA A FARSA VIDA :
( plínio sacanechia, santiago salinas crow)





















pois ví,
tão senti aos olhos,
como infantes,
ou rugosos,
postos liformosos,
olhos puros,
enalteci,
apuros,
tais temi, libidinosa impura honestidade,
com qual juro,
enrubesci à vaidosa aurora do tempo,
a alvorar...